ainda dão a luz
de boitatás, caiporas
e uirapurus
alambiques de cachaça remida
donde tira-se pão e vida
dão falsa esperança de melhora
a embriaguez
o forró cheiroso
Severinas e suas meninas
deitam-se famintas
bucho cheio
de sonhos bobos
de filhos de lendas
de fios de renda
nos sertões estéreis
donde cana nasce
nada mais além de azoto.
4 comentários:
muito bom!
Muito bom q entrei em contato com teu blog. Essa poesia em particular tem muito ritmo e beleza revestida de delirio.
Li alguns poemas seus no cronopios.
Fantástico! Larrisa, és uma poetisa de um talento raro.
Parabéns!!
tuas imagens são lindas, muito legais mesmo.
abraços,
Jorge
http://amaquinadaspalavras.blogspot.com/
muito bom.
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