não te olho como antes
percebe que algo nosso
se perdeu pra sempre
e já não posso mais
resgatar as pedras
do caminho sem volta
ergo-me farta desse
sentimento moribundo
que insiste em ruminar
e ruminar como se tivesse
eu dez estômagos
e não tenho
jaz como era
jaz como eu era
matei meus olhos
com lágrimas e poeira
que deixou quando me
ultrapassou pela estrada de chão
se não te olho como antes
é porque não te vejo mais.
(fotografia de minha autoria)
4 comentários:
puxa, Larissa, é um poema muito intenso e pessoal, mas transcende uma vida e se estende para todas que recomeçamos a cada dia. ou a cada momento, se preferir.
"jaz como era
jaz como eu era
matei meus olhos
com lágrimas e poeira"
reverências à poesia...
beijo.
obrigada, Celso! Beijo!
uma poesia forte a sua.
beijo pro cê.
Obrigada, amores!
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