através da janela
vejo as sombras
das pessoas passando
e elas se refletem
em nas paredes descoloradas
sobre meus quadros mofados
sob meus sonhos gentis
através da janela
vi meus olhos embotados
e me senti tão duro
e embrutecido
que mal me tocavam
as luzes brilhantes
dos faróis dos carros
através da janela
vi um astro brilhante
rasgar a escuridão
um cometa vagante e
nômade que não se prendeu
e levou meu sétimo selo
e descobri nos últimos sonhos
verdades com que não posso lutar
é a beleza mais clássica
é a feiura mais abrupta
e tudo sendo expiado
nesses olhos perdidos
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