as taças da bebida verde
dizem que é fogo
os basculantes avessos
falam em vômitos
os homens juram que é sexo
e as moças sonham que é amor
digo que é fumaça
a bebedeira engana
a náusea repele
a jura mente
os sonhos pervertem
a fumaça disfarça
e na bruma
entre espelhos embaçados
seres descolorados procriam
sorrisos desbotados
dispostos em janelas cinzas
voltadas para mundos de chaminés.
6 comentários:
construímos nossa ilusão dia pós dia e nos embrenhamos nela. um poema denso que se resume em fumaça. belíssimo. já reli várias vezes.
beijos!
[quão longa a estrada da ilusão, onde o principio e o fim se confundem... mas na palavra não!]
um imenso abraço, Larissa
Leonardo B.
No final não importa quem jurou ou sonhou, menos ainda se era puro fogo ao que desbota só restam as cinsas e se espalham ao primeiro vento.
Larissa se quiser pode apagar.. mas tenho que dizer!
Esse ficou FODA!
Bjo
Em questão de linguagem teus escritos vão além. Lindo o teu blog.Irei seguir.
Abraços literários!
obrigada, queridos!
Quanto mais leio mais gosto dos seus escritos. Parabéns pelo blog, eu particularmente adorei.Abraços.
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