é vermelho o prurido desfalecido
que insiste em minha porta
sim, escarlate como o enfarte
de outubro do ano passado
e as artérias azuis repletas de rancor
carregam o rubro assim como as veias
sim, encarnado como sangue
carmim é a cretina palavra
sim, o despeito tem cor
e insiste nesse leito
o choro desemboca no travesseiro
e tem sufocada a vontade de som
desespero e silêncio
são meu nome e sobrenome.
Um comentário:
Bela poesia! Continue com esse grande trabalho.
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