se me trará um aperto de mão
um sorriso amigo que já não quero
e não direi mais nada para ouvir
o eco de seu nome pelas cidades sitiadas
percebe o fato de ser um homem
que mal se encara de frente?
percebe o sufoco de ser um homem
que luta enquanto todo o resto sangra?
por minha palavra é livre
poderia rasgar-me mas vejo
sua imagem cada vez que chove
e seus olhos são nuvens
e só me resta a chuva e essa saudade
se existe a fábula certa
recheada de sonhos irreais
da felicidade perfeita
agora é a poeira do Planalto Central
e logo será a chuva que não para
por seis meses...
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