seus olhos tomaram-me tudo
minha dignidade
minha identidade
essa sensação de proteção
as sazonalidades
suas palavras levantaram
meu vestido
devassaram minhas anáguas
não deixaram nada
para queimar
suas mãos levaram tudo
as cores do mundo
o lirismo da poesia
e reduziram-me
do pó ao pó
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