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domingo, 17 de janeiro de 2010

















garrafas de bebida barata
continuam a nos afogar
a nos encantar como mitos
que sonham e chamam
para o fundo quase ludibriando

mitos se desfazem após a maresia
e a cirrose corrosiva ataca
olhos e pulmões a ponto
de cegar e sufocar
enquanto mais um dia amanhece

nessa hora as ondas trazem
o que o sábio mar já não quer
garrafas e corpos vazios
já sem esperanças vãs
idos sonhos de mudança


(imagem de minha autoria)

2 comentários:

João A. Quadrado disse...

[cada cama onde se deita cada um de nós, já pela mão foi feita... a ingenuidade é palavra solta de dicionário]

um imenso abraço, Larissa

Leonardo B.

Larissa Marques - LM@rq disse...

grata, meu amigo além-mar!
beijo grande!