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quarta-feira, 25 de julho de 2007

Cimo

sou querer empírico
responsabilizada de ser
resvalando-me na inércia
de não ser

tento abrir as portas
que me afastam de mim
mesmo condenada
à liberdade insólita
do não poder
cimo

épica e lenta descoberta
corrompida pelo ego
qual Sísifo interno-me
eterna jornada
no subir e descer
da pedra.

sábado, 23 de junho de 2007

[SONETO AO MEMBRO MARAVILHOSO]

Esse enorme e rígido monumento
Faz-me nua e arfante em seu ardor
E maravilhada d'encanto, de fervor
Desejo-o em gozo e movimento.

O cavalgue do agressor erguido
Por dentro não parece assustador.
Altivo membro, digno de andor
Nas eras do ego, do sexo ungido.


Pela bestialidade viril de ereções
Trazendo a força e fúria de me ter
Em gulas e esganadas ejaculações.

Então erga-se e murche, com prazer,
Em louvor às idolatrias, taras e fixações,
É falo para orar, lamber, cuspir, foder.