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segunda-feira, 6 de abril de 2009
minhas horas cinzas curvam-se
minhas horas cinzas curvam-se
diante de tuas palavras
não sei se dilacerantes ou sábias
beijam minha face
apoderam-se de meus ouvidos
tomam a quietude que me resta
afagam-me violentas
no gozo do entendimento
e diluem-se no ar
mas ecoam aqui
em meu peito arfante
até quando me acalentarão
e serão suficientes
para apagar as dores da falta?
domingo, 5 de abril de 2009
o aluir dos ares
o aluir dos ares
ventos alísios
tomam a capital
e a calmaria se vai
nas areias revoltas
duma praia de Fortaleza
partiram contigo
o sopro de relicários meus
e teu ventre solar
ainda anseia sonhos nossos
em pequenas tatuagens
ecoam abaixo do equador
as canções eólicas
que tentei aluir daqui
desse peito ressentido
e o som Aluisio sorri
manhãs de Iracema!
(para Aluisio Martins)
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