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terça-feira, 20 de abril de 2010




















tarda fardo
infante
desnuda falo
asfixiante

interrompe
penetra calo
rompe hímen
e santidade

a respiração
arfante
embarga palavra
cortante

abafada
silêncio alto
gozoso
infame

de quem ama
e quer se guardar
de quem luta
e não quer ganhar.

quinta-feira, 8 de abril de 2010






















a lúcida em mim
crucifica meu ser
administra mentiras
tenta ser correta
ser tão concreta

a lúcida em mim
afaga e engana
precede e o consente
meia volta
pra recomeçar

a lúcida em mim
sufoca o precipício
a lúcida em mim
parece não existir.





(ilustração de Gilberto de Almeida Pinto - meu tio materno)