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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

nos sertões estéreis

ainda dão a luz
de boitatás, caiporas
e uirapurus

alambiques de cachaça remida
donde tira-se pão e vida
dão falsa esperança de melhora

a embriaguez
o forró cheiroso
Severinas e suas meninas
deitam-se famintas
bucho cheio
de sonhos bobos
de filhos de lendas
de fios de renda

nos sertões estéreis
donde cana nasce
nada mais além de azoto.

4 comentários:

Adriana Riess Karnal disse...

muito bom!

Diego El Khouri disse...

Muito bom q entrei em contato com teu blog. Essa poesia em particular tem muito ritmo e beleza revestida de delirio.
Li alguns poemas seus no cronopios.

Fantástico! Larrisa, és uma poetisa de um talento raro.
Parabéns!!

Jorge dos Santos disse...

tuas imagens são lindas, muito legais mesmo.

abraços,

Jorge

http://amaquinadaspalavras.blogspot.com/

Pequenina disse...

muito bom.