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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

ruído

























é vermelho o prurido desfalecido
que insiste em minha porta

sim, escarlate como o enfarte
de outubro do ano passado

e as artérias azuis repletas de rancor
carregam o rubro assim como as veias

sim, encarnado como sangue
carmim é a cretina palavra

sim, o despeito tem cor
e insiste nesse leito

o choro desemboca no travesseiro
e tem sufocada a vontade de som

desespero e silêncio
são meu nome e sobrenome.

Um comentário:

Anônimo disse...

Bela poesia! Continue com esse grande trabalho.