
minhas horas cinzas curvam-se
diante de tuas palavras
não sei se dilacerantes ou sábias
beijam minha face
apoderam-se de meus ouvidos
tomam a quietude que me resta
afagam-me violentas
no gozo do entendimento
e diluem-se no ar
mas ecoam aqui
em meu peito arfante
até quando me acalentarão
e serão suficientes
para apagar as dores da falta?